RETROSPECTIVA 2017
- Luís Henrique Franco
- Dec 31, 2017
- 14 min read

Mais um ano que chega ao seu fim. 2017 foi um ano muito marcante para o mundo do cinema e da TV, com grandes estreias, filmes e séries extremamente aguardados enquanto outros que foram julgados como grandes filmes passaram batidos pelo público. Em meio a uma situação de tensão mundial, estava claro que o universo da produção cinematográfica também seria recheado de acontecimentos polêmicos e marcantes ao longo desses 12 meses. Em celebração ao final de mais um ano, reunimos alguns dos principais acontecimentos que mobilizaram a indústria do cinema e da TV nesse ano.
1 - CELEBRIDADES CONTRA O POLÍTICO
2017 já começou sendo um ano explosivo, marcado principalmente por inúmeras tensões políticas. Muitas delas voltaram-se principalmente contra o mais novo presidente dos Estados Unidos da América, o polêmico Donald Trump, do Partido Republicano.

A vitória de Trump no ano de 2016, contra a candidata democrata Hillary Clinton, pegou o mundo de surpresa e abriu as portas para uma nova era, já extremamente carregada com apreensão. Inúmeros protestos contra o candidato emergiram desde a sua posse, e muitos artistas, celebridades e atores se uniram a essa voz, sendo também duramente criticados pelos apoiadores de Trump. Entre as muitas críticas voltadas ao presidente, estavam inúmeras apresentações feitas em programas de auditório e humorísticos, lideradas por grandes nomes da TV como Jimmy Kimmel, Stephen Colbert e Jimmy Fallon, entre as quais também estava incluso um quadro do SNL que apresentava Trump sendo interpretado pelo ator Alec Baldwin
Contudo, uma das críticas mais notórias e ferrenhas ao novo presidente foi a premiada atriz Meryl Streep, que não se segurou ao criticar as ações do presidente em seus primeiros dias de governo. Homenageada durante o Globo de Ouro, ela fez um grande discurso sobre a diversidade étnica e cultural de Hollywood, criticando Trump pelo seu ato de Banimento dos Imigrantes dos Estados Unidos e discursos como o da construção de um grande muro na fronteira com o México. Diante dessas críticas, o presidente lançou sua resposta através de sua conta oficial no twitter, inclusive chamando Streep de “uma das atrizes mais supervalorizadas da Hollywood” e de “amanta de Hillary”. Isso foi apenas o começo de um ano repleto de polêmicas envolvendo o presidente dos Estados Unidos, que iniciou discussões e brigas desse tipo com diversas pessoas.
2 - GAFE NA PREMIAÇÃO
Seguindo uma tendência dos últimos anos, a premiação do Oscar desse ano apresentou uma audiência pequena em comparação a outros anos anteriores. Muitos especularam que esse público enfraquecido se deveu, entre outras coisas, ao próprio esgotamento da cerimônia e à pouca divulgação que os filmes concorrentes tiveram para o público. Alguns, inclusive, passaram completamente despercebidos.
Ainda assim, a cerimônia deu o que falar nas mídias. Já na entrega do prêmio de Melhor Ator, uma grande polêmica foi levantada pelo fato de o vencedor ter sido Casey Affleck, ator que havia sido acusado por duas mulheres de assédio sexual em outras produções. Essas acusações levaram algumas pessoas inclusive a pedir que sua indicação fosse removida, mas Affleck não só continuou como indicado como foi vencedor do prêmio pelo filme Manchester à Beira-Mar.

Essa polêmica poderia ser o bastante para gerar inúmeras discussões, mas não foi o principal acontecimento da cerimônia. Esse aconteceu na premiação de Melhor Filme. Os atores veteranos Warren Beaty e Faye Dunaway subiram ao palco para anunciar o vencedor, e o musical La La Land foi dito como o vencedor. Alguns minutos depois, porém, quando os produtores do musical já estavam fazendo seus discursos, um erro gravíssimo fora cometido: o envelope da premiação de Melhor Filme fora trocado pelo de Melhor Atriz (dado a Emma Stone por La La Land), e o verdadeiro vencedor era, na realidade, o filme Moonlight. A revelação causou um alvoroço no teatro e por todo o mundo, e resultou inclusive na demissão do responsável pelos envelopes e da própria empresa responsável por esses.
3 - O FIM DE UMA GRANDE ERA
2017 foi o ano dos heróis, com estreias há muito esperadas pelo público e que bombaram nas bilheterias, como Guardiões da Galáxia Vol. 2, Homem-Aranha: De Volta ao Lar, Mulher Maravilha e Liga da Justiça. O primeiro grande filme de heróis do ano, porém, veio em março e foi, para muito dos fãs, um terrível adeus.
Com uma abordagem mais pesada e totalmente dos outros filmes da saga, a Fox lançou no começo de março o filme Logan, o último filme que contaria com o ator Hugh Jackman no papel do herói Wolverine. Por conta desse término, o filme também encerraria um ciclo e a história inteira do herói que havia sido contada até então.
Essa expectativa levou muitos fãs ao cinema para dizerem adeus ao personagem. Com uma abordagem mais violenta e dramática do personagem, Logan colocou o herói em uma posição de busca por significado, enquanto também assume um lado mais familiar e paternal com sua relação com a mutante Laura. O adeus final é doloroso para os fãs, mas digno do herói que Hugh Jackman interpretara por tantos anos. Para a tristeza dos fãs brasileiros, o filme também marcou a última participação do ator Isaac Bardavid como o dublador oficial do personagem no Brasil. O momento da despedida também foi marcado pelo encontro de Jackman e Isaac, para consolidar esse adeus e a estreia de um grande filme que iniciaria um ano muito bom para os longas de super-heróis.
4 - OS VIGILANTES DO WHITEWASHING
Filmes de outros países adaptados por Hollywood costumam apresentar essa polêmica, e a crítica aqui apresentada é algo recorrente em produções, sendo levantada constantemente ao longo dos anos. O whitewashing, nome dado à tendência de Hollywood de pegar determinados personagens com características étnicas ou de gênero próprias e colocar atores brancos para interpretá-los, ignorando às vezes aspectos culturais que permeariam esse personagem e a própria representatividade vinda de mostrar, por exemplo, um protagonista negro ou muçulmano, é uma questão preocupante nos filmes ocidentais, e vem sido cada vez mais debatidas ao longo dos anos.
Em 2017, um caso dessa polêmica que chamou a atenção foi o ocorrido com o filme O Vigilante do Amanhã. Baseado no anime Ghost in the Shell, o filme ignorou completamente a origem japonesa de seus personagens, modificando completamente a protagonista para que esta fosse interpretada pela atriz Scarlett Johansson, mais conhecida no mundo do cinema e, portanto, podendo atrair um público maior do que uma atriz asiática que não seria tão conhecida.

Mesmo que alguns alegassem que não havia motivo para o escândalo, entre eles o próprio diretor do anime original, o filme recebeu diversas críticas e muitos ficaram descontentes com a escolha da atriz. Outros casos do tipo foram trazidos à tona durante os debates, entre eles a questão do filme da Marvel, Doutor Estranho, e a também escalação de uma atriz branca para o papel de uma mestra originalmente asiática. Essas discussões levaram muitos a agir, e a própria Disney anunciou, mais ou menos naquele momento, a busca por atores de origem árabe ou muçulmana para o elenco do remake live-action de Alladin.
5 - NETFLIX vs CANNES

Outra grande polêmica do ano envolvendo festivais e premiações diz respeito à participação do serviço de streaming Netflix no tradicional Festival de Cannes. A polêmica girou em torno de dois filmes competidores que haviam sido produzidos pela empresa: Okja e Os Meyerowitz. A participação de ambos na premiação desagradou muitos críticos de cinema, devido à tendência clássica do festival de, até então, só premiar filmes que tivessem sido transmitidos nas grandes telas do cinema.
A polêmica se tornou maior quando erros técnicos durante a exibição de Okja atestaram que o filme não havia sido filmado para as telas do cinema, e muitos questionaram sua participação e a da Netflix na premiação da Palma de Ouro. A discussão foi tão grande que levou Cannes a emitir uma nova regra para 2018, alegando que só serão exibidas produções destinadas às telas tradicionais do cinema, fato que desagradou o CEO da Netflix e provocou um novo intenso debate. A decisão do festival foi defendida principalmente pelo presidente do júri desse ano, o diretor Pedro Almodovar. A atriz Tilda Swinton, que atuou no filme Okja, defendeu a participação do mesmo, alegando que o próprio festival já premiara diversos filmes que nunca foram transmitidos nas telas do cinema, em razão de não terem apelo comercial.

A discussão dividiu a opinião em toda a classe cinematográfica. Muitos defendem o direito da Netflix de lançar seus filmes no festival, alegando que isso representaria uma mudança e possibilitaria a maior facilidade de um pequeno produtor ver seus filmes serem premiados e assistidos, enquanto outros se mantêm em uma posição mais conservadora, alegando que essa tendência pode acabar com os sonhos de muitos cineastas de verem suas produções em máxima potencialidade audiovisual, uma vez que bastaria apenas produzir um filme para a TV para participar. A discussão deve continuar por anos, mas por hora, a decisão do festival está tomada.
6 - O ADEUS DE UM ASTRO?
Daniel Day Lewis é um dos nomes mais renomados do cinema atual. O ator, mesmo não possuindo um grande número de títulos e filmes para a sua idade, é famoso por suas atuações grandiosas e marcantes em todos os seus filmes, e já foi o vencedor de 3 prêmios de Melhor Ator no Oscar: um por Meu Pé Esquerdo, um por Sangue Negro e o terceiro por Lincoln.
Um grande nome como esse certamente chama a atenção em suas produções, e já havia por ele uma certa consideração quando foi anunciado seu novo longa, Trama Fantasma. Mas o filme ganhou uma nova atenção, muito mais preocupante para os amantes de cinema, após Lewis afirmar que aquele seria seu último filme. Segundo a Variety, para a qual o ator anunciou sua aposentadoria, essa foi levada por motivos pessoais, em razão de o próprio ator querer se dedicar a outras atividades.
Em entrevista, o diretor do último filme do ator, Paul Thomas Anderson, comentou que acredita na decisão dele, mas vê a possibilidade de a situação ser revertida no futuro e pensa que o próprio Lewis poderá reavaliar a situação em alguns anos. Por hora, porém, o mundo se despede desse grande ator.
7 - O SUCESSO E AS POLÊMICAS DE UMA HEROÍNA
Quebrando a ideia de que a DC Comics não conseguiria fazer um filme tão bom e de tanto sucesso quanto a Marvel, Mulher Maravilha foi o filme de super-heróis mais popular e bem sucedido do ano, tornando-se o filme de origem de heróis com a maior bilheteria doméstica da história, e a quinta maior bilheteria de filmes do gênero, ultrapassando inclusive o sucesso Capitão América: Guerra Civil.
Além dessa conquista, o filme foi o primeiro do gênero com uma protagonista feminina, lançando uma nova tendência de expectativa para que outros filmes com heroínas no papel principal sejam feitos. O filme também trouxe à tona a participação das mulheres nesse universo e na própria produção dos filmes, visto que Mulher Maravilha foi dirigido por Patty Jenkins, e seu sucesso foi tão grande que uma petição na internet exigiu que a diretora estivesse também por trás da sequência.

Em meio a esse sucesso, outras questões e polêmicas também foram levantadas. Uma delas dizia que a atriz Gal Gadot teria recebido apenas 2% do salário de Henry Cavill, que interpreta o Superman. Apesar de ter sido atestada como falsa, a polêmica serviu para colocar nova luz ao debate sobre os salários tão diferentes entre homens e mulheres, tanto na indústria do entretenimento quanto em qualquer outra ocupação. Outra polêmica envolvendo a atriz diz respeito à sua participação no Movimento Sionista, que procura tomar a terra da Palestina dos árabes por esta ser considerada sagrada ao povo israelita. Muitos a criticaram por seu envolvimento político, que denegria a imagem da heroína como símbolo de todo o movimento feminista, visto que sua posição política a colocava contra as mulheres do mundo muçulmano.
8 - RETORNOS ESPERADOS E A PRÓXIMA ESPERA ANGUSTIANTE
No mundo da televisão, 2017 foi marcado por grandes estreias que arrebataram os fãs e solidificaram o universo da televisão e dos serviços de streaming. Para a Netflix, o ano foi marcado por importantes conquistas nas premiações do Emmy e do Globo de Ouro, encabeçadas por séries como Master of None, The Crown e Black Mirror. Além disso, o serviço apresentou grandes estreias em seu próprio catálogo, como Desventuras em Série e a continuação de sua saga com a Marvel em Os Defensores e O Justiceiro, além da polêmica 13 Reasons Why, que arrebatou um grande número de espectadores, mas foi acusada de incentivar o suicídio de adolescentes.
Contudo, a série The Handmaid’s Tale foi a maior estreia do ano, sendo talvez a série mais comentada do ano e tornando-se a grande vencedora do Emmy, onde conquistou os prêmios de Melhor Série Dramática, Melhor Fotografia, Design de Produção, Roteiro e Direção, além dos prêmios de Melhor Atriz Principal, Atriz Coadjuvante e Melhor Atriz Convidada.
Além dessas grandes estreias, o retorno esperado de grandes séries foi marcante em 2017. Game of Thrones e Stranger Things trouxeram todos os seus fãs de volta às altas expectativas e arrecadaram um grande número de novos fãs devido ao seu sucesso. Para a tristeza dos mesmos, os produtores dessas séries anunciaram que tanto a última temporada de Game of Thrones quanto a terceira temporada de Stranger Things só seriam lançadas no ano de 2019, não havendo, portanto, nenhuma dessas duas séries no ano que vem, 2018.

9 - O RETORNO DE STEPHEN KING
Stephen King já é um dos autores mais consagrados no cinema americano, e diversos de seus muitos livros já foram adaptados ao longo de muitos anos. Em 2017, o público que tanto adora esse autor pôde ver seu retorno às grandes telas em duas grandes produções.
A primeira adaptação foi a da saga A Torre Negra, que se transformou em um filme protagonizado por Idris Elba e Matthew McConaughey. Esse filme, porém, apesar de ser baseado em uma das sagas de maior sucesso do autor, não foi muito bem recebido por críticos e por público. Contudo, alguns meses depois da estreia dele, uma outra adaptação foi lançada. It – A Coisa, uma das histórias mais conhecidas de King e já proprietária de uma memorável adaptação como filme para a TV, recebeu um remake de sua história, narrando, porém, apenas a parte ocorrida durante o período da infância dos personagens principais.
Com Bill Skarsgard como o palhaço Pennywise. It foi um sucesso de bilheterias, tornando-se inclusive o filme de terror com a maior bilheteria no Brasil e superando, nos Estados Unidos, a marca do clássico O Exorcista. Essa marca colocou o Stephen King de volta ao pedestal dos grandes filmes de terror, além de ser um impulso forte ao gênero de filmes em si, que esse ano contou com muitos títulos de peso, como Corra!, A Morte Te Dá Parabéns e Annabelle 2.
10 - CAOS EM LAS VEGAS
No começo de outubro, o mundo foi assombrado por mais um ato de extrema crueldade. Durante um show ao ar livre do cantor country Jason Aldean, em Las Vegas, tiros foram disparados contra o público, causando 59 mortes e deixando mais de 500 feridos. O atirador, identificado como Stephen Paddock, era um residente local e realizou seu ataque do 32° andar do hotel do Casino Mandala Bay. O grupo terrorista conhecido como Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque.

O caso foi relatado como o maior massacre com armas de fogo da história dos Estados Unidos e abriu uma nova discussão sobre a questão do porte de armas por civis no país. Grupos contrários à política alegaram que Paddock não obteve suas armas do grupo terrorista, mas as comprou no próprio país, e que casos como esse continuariam a acontecer caso as armas não fossem proibidas.
A repercussão do caso foi gigantesca. Diversos artistas e apresentadores prestaram condolências pelo ocorrido, e muitos choraram pelas vítimas perdidas. Diante da situação e do abalo em que o país se encontrava, a série American Horror Story teve a estréia de um de seus episódios adiados devido a cenas contendo um tiroteio em seu conteúdo. A Netflix, também ciente do momento, adiou a estréia do trailer da série O Justiceiro, em parceria com a Marvel, por conta do ocorrido.
11 - A EXPLOSÃO DAS DENÚNCIAS
Se o caso de Casey Affleck, comentado acima, aparentemente passou sem maiores consequências para o ator, outras denúncias que se seguiram ao longo do ano tiveram desenvolvimentos muito mais graves e sérios.
Em 5 de outubro, a atriz Tomi-Ann Roberts foi a público reportar um caso de assédio sexual ocorrido em 1984, na qual ela relata como foi chamada pelo produtor e magnata de Hollywood Harvey Weinstein para ir a um hotel discutir um suposto papel em um filme, e como ele a recebeu nu na banheira e a encorajou a se despir também, ao qual ela recusou. Desde então, inúmeras atrizes, modelos e funcionárias da Miramax e da Weinstein Company denunciaram casos semelhantes contra o produtor. Mulheres como Cara Delevingne, Gwyneth Paltrow, Angelina Jolie, Ashley Rudd, Rose McGowan, Mira Sorvino, Lea Seydoux, entre muitas outras, fizeram graves denúncias de casos de assédio e, inclusive, estupro por parte do produtor, que foi demitido de ambas as companhias que ele criou e expulso da Academia Americana de Cinema.

O caso de Weinstein, porém, não foi o único. Motivadas por eles, diversas mulheres lançaram a campanha #MeToo, para denunciar casos semelhantes e lutar contra a culpabilização das mulheres vítimas em casos de assédio. A campanha trouxe à tona crimes como as denúncias contra Bill Cosby e o caso de assédio relatado pela atriz a cantora Bjork contra o diretor Lars von Trier. Usando a notoriedade que a campanha ganhara, o ator Anthony Rapp relatou a investida que o ator Kevin Spacey lhe fizera quando ele tinha apenas 14 anos. Spacey tentou se esquivar da acusação com um pedido de desculpas na qual ele se assumia gay, mas outros casos contra ele foram sendo trazidos, resultando na demissão do ator da superprodução da Netflix, House of Cards e na sua substituição por Christopher Plummer no filme Todo o Dinheiro Do Mundo, de Ridley Scott. Dentro ainda dessas acusações, a Netflix também demitiu o ator Danny Masterson da série The Ranch, após acusações de estupro por três mulheres.

Desde a explosão desses casos em outubro, diversos atores, produtores e diretores foram acusados de assédio e estupro por uma grande quantidade de mulheres. Nomes como Dustin Hoffman, Steven Seagal, Oliver Stone, James Toback, Ben Affleck, Charlie Sheen, Ed Westwick, Brett Ratner, Jeffrey Tambor e até mesmo o ex-presidente George H. W. Bush foram colocados na lista dos acusados. O comediante Louis C.K. também foi acusado por cinco mulheres de convidá-las a um quarto e começar a se masturbar na frente delas, sendo cortado da HBO e pode ter o lançamento de seu filme I Love You, Daddy suspenso.
12 - DISNEY A TODO VAPOR
O final do ano marcou um momento significativo para a Disney, e também um de seus meses mais controversos. No meio de dezembro, a companhia do ratinho Mickey presenteou os fãs com o muito aguardado Star Wars: Os Últimos Jedi, filme que continua a nova trilogia da franquia clássica de George Lucas. Proprietária da franquia desde a compra da Lucasfilm em 2012, a Disney vem recebendo inúmeras críticas dos fãs da saga da família Skywalker desde o momento da dita compra.

Em 2015, com o lançamento do O Despertar da Força, a produção foi muito criticada por ter apenas copiado os filmes antigos e não apresentado nada de novo. Esse ano, com Os Últimos Jedi, novas críticas surgiram, dessa vez acusando a produtora e o diretor Ryan Johnson de terem mudado todo o significado de Star Wars e “destruído o legado” construído pelos antigos personagens, principalmente no que diz respeito ao antigo protagonista Luke Skywalker. A insatisfação desses fãs levou inclusive à criação de uma petição para que Os Últimos Jedi fosse removido do cânone de Star Wars e que o episódio VIII fosse refilmado. Independente dessas críticas, o filme já alcançou US$ 800 milhões de reais no mundo todo.
Ainda relativo à Disney, a produtora realizou outro grande feito em dezembro: a compra da 21st Century Fox por 52 bilhões de dólares, somando o estúdio como a sua mais recente aquisição e a maior já realizada por ela, além de também ser a quarta maior aquisição na história da indústria da mídia. Com a compra, os fãs de sagas como a dos heróis da Marvel, ficaram extremamente animados pela possibilidade de ver todos os seus heróis juntos nos filmes futuros. Tal feito não seria possível antes devido à divisão ocorrida no universo Marvel, na qual personagens como os Vingadores e os Guardiões da Galáxia pertenciam à Disney (que detinha a Marvel Entertainment desde 2008) enquanto outros grupos, como os X-Men e o Quarteto Fantástico, pertenciam à Fox. Com a compra, ambos os grupos passam a pertencer a um mesmo dono e poderão atuar juntos futuramente, abrindo ainda mais o leque de possibilidades e histórias que poderão ser adaptadas ao cinema.

No clima de euforia que foi a compra, muitas pessoas também a criticaram o processo, alegando que as inúmeras compras feitas nos últimos anos pelo grupo Walt Disney prejudica a competição no mercado, visto que coloca grande parte das maiores produções do cinema nas mãos de um único grupo e cria um gigantesco monopólio de produção.
Esses foram alguns dos principais acontecimentos do ano no cinema e na TV. Existe algum fato que deixamos de fora? Não se esqueça de compartilhar conosco deixando seu comentário!
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