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REVIEW: JOÃO DE DEUS - O SILÊNCIO É UMA PRECE

  • Writer: Ulisses MRF
    Ulisses MRF
  • May 30, 2018
  • 3 min read

Updated: May 23, 2019



JOÃO DE DEUS: O SILÊNCIO É UMA PRECE - Poster Flit Studios

Fruto de um processo de acompanhamento do médium João Teixeira de Faria durante 5 anos, o filme “João de Deus - O Silêncio é uma Prece” traz as diversas facetas de um homem milagroso que cura com orações e cirurgias espirituais. Dirigido por Candé Salles (Pra Sempre teu Caio F.) e com roteiro da jornalista Edna Gomes, o filme, que sai no próximo dia 31 de Maio, é uma experiência sobre os limites da fé, da verdade e da própria produção do audiovisual.

João Teixeira de Faria nasceu e cresceu no interior de Goiás. Ainda jovem ele teve visões sobre desabamentos de casas que aconteceriam em sua cidade natal após um temporal, e todas as casas que mencionou realmente desabaram. Apesar de analfabeto funcional, João tornou-se fazendeiro e sócio de um garimpo, enquanto desenvolvia suas habilidades mediúnicas, chegando a ter contato direto com o médium mineiro Chico Xavier, o qual recomendou a instalação de seu centro de tratamento em Abadiânia, Goiás. A Casa de Dom Inácio de Loyola é o principal ponto da cidade e já recebeu diversas personalidades. João chegou ao ápice de sua difusão internacional quando foi entrevistado pela apresentadora Oprah Winfrey em 2011.


João de Deus, como ficou conhecido no Brasil e no mundo, é diretor e chefe espiritual da Casa de Dom Inácio de Loyola, o principal ambiente do documentário-reportagem dirigido por Salles. A câmera colocada entre os fiéis em oração, com os sons do ambiente de devoção e as imagens de santos e do próprio João penduradas na parede, conseguem colocar quem assiste entre aqueles devotos da fé.

Além disso, o trabalho de Salles, que se tornou amigo pessoal de João de Deus, busca demonstrar as relações de João com sua família, seus amigos e seus pacientes. Um homem simples e bem intencionado, que usa o dinheiro que recebe (não cobrando a maior parte dos tratamentos que realiza) para projetos sociais na pequena cidade como a Casa da Sopa e os festejos de natal para as crianças.

Ou seja, a construção da figura de João de Deus é bem realizada. Os diversos ambientes em que João é gravado, muitas vezes com a câmera na mão (o que traz alguns problemas de foco e enquadramento como pontos negativos), mostram que ele está confortável e compenetrado no trabalho de cura, nas cirurgias espirituais e na incorporação das mais de 40 entidades que já foram registradas atuando por meio dele. Ocorre no filme, de fato, o acompanhamento do dia a dia do homem de Goiás, chegando a filmá-lo em seu período no hospital, trabalhando na Suíça e mesmo no Carnaval do Rio de Janeiro.

O trabalho do diretor e da roteirista esteve concentrado principalmente na seleção dos momentos gravados durante o período de acompanhamento e das diversas entrevistas que foram concedidas, tanto por médicos e cientistas que estudam os milagres e as cirurgias espirituais de João, quanto dos pacientes e conhecidos de João. Sobre a presença de famosos vale destacar que o diretor preferiu não rechear o documentário de referências, mas uma narração intensa é feita pela atriz Cissa Guimarães, que também é paciente.


Para céticos o filme apresenta problemas por não abordar diretamente a questão das curas e das cirurgias espirituais, ou mesmo a relação de João com as instituições religiosas, católicas ou espíritas, mesmo considerando-se um líder ecumênico. Para pessoas com questões com cenas de sangue ou intervenções físicas o filme é pesado e causa bastante angústia e aflição em alguns momentos, demonstra como o diretor consegue registrar um momento único de cura em que ocorre uma intervenção espiritual e o paciente não sente dores. Para aqueles que tem fé, o filme é bastante profundo e aproxima o líder religioso e simples dos devotos, além disso deixa clara a abrangência do projeto de cura, oração e fé de João pelo mundo.

Em coletiva, questionado sobre as relações que seu filme tem com a nova seara de produções cinematográficas religiosas nacionais, como as produções de telenovelas bíblicas e o filme de Edir Macedo, por exemplo, o diretor Candé Salles considera um coincidência. O filme aparece como resultado de um processo longo de coleta de gravações e depoimentos e não está focado necessariamente na questão religiosa, mas sim espiritual e pessoal de João de Deus.


João de Deus - O Silêncio é uma Prece estreia no dia 31 de maio nos cinemas. Venha conferir!

 

Para mais conteúdo como esse, inscreva-se na Flit Studios: www.youtube.com.br/flitstudios

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