A REUNIFICAÇÃO DAS DUAS COREIAS, O GRITO QUE O MUNDO PRECISA OUVIR

A reunificação das duas coreias. Confesso nesse único e primeiro parágrafo que, quando soube do nome do espetáculo Imaginei de primeira ordem, um universo utópico, (perdão pela palavra utopia) de uma sociedade igualitária, logo em seguida me veio a cabeça alguns lutadores coreanos disputando por algo muito maior do que eu poderia imaginar. Estava errado ambas as vezes.

Janaina Suaudeau e Lígia Cortez reestreiam com a montagem feita em dezembro de 2017 na formatura dos alunos da Escola de teatro Célia Helena. Agora no novo projeto da instituição chamado: Repertório em Cena, que consiste em um espaço gratuito para que ex-alunos apresentem trabalhados produzidos durante o período letivo.

Dilatação extrema dos problemas cotidianos da sociedade. O texto de Joël Pommerat conta mini-histórias, não relacionadas diretamente, sobre os problemas da existência humana.

(fonte: João Caldas)

Os atores de forma surpreendente seguram uma hora e meia de peça trabalhando assuntos adversos, exprimindo o que à de pior e de melhor dentro de uma sociedade. A reunificação das duas coreias é a vontade de tocar o osso, o avesso da pele. É um ato de amor, um ato sem volta. É um grito diante de temas ao qual a sociedade não se sente a vontade de falar.

Em meio a desastres sociais como a separação dos filhos dos imigrantes nos Estados Unidos, a vontade de uma ampla parte de tirar os Venezuelanos do Brasil e o alto índice de machismo na sociedade brasileira. Ambas as diretoras resgatam aquilo que há de pior no humano e escancaram diante de um palco em que os atores experimentam todas as sensações diante do público, o individualismo.

(fontes: foto de divulgação)

A reunificação das duas coreias reestreia nos dias 24,25 e 31 de agosto e 01 de setembro às 20h30min, na Escola de artes Célia Helena. Avenida São Gabriel 462, os ingressos são gratuitos e retirados uma hora antes da apresentação.

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