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SATYRIANAS - PROCESSOS ABERTOS PARA UM PÚBLICO SELETIVO

  • Writer: Artur Nicoceli
    Artur Nicoceli
  • Oct 16, 2018
  • 3 min read

Updated: May 21, 2019


De cordéis feitos por palhaços vestidos de exército a transexuais artistas gritando por um mundo contra o capitalismo elitista e segregador. Satyrianas é o festival artístico que aconteceu desde quinta-feira (11) até domingo (14) na Praça Roosevelt.

Um ambiente despojado, o grupo Satyros aproveitou do feriado para mais uma vez concretizar uma série de propostas, desde teatrais até musicais. Misturado entre os barulhos dos skatistas que diariamente treinam suas manobras e efeitos, os artistas faziam suas manobras dentro de teatros, lonas ou no espaço aberto. Os gritos dos feirantes que vendiam cosméticos, comidas naturais e roupas artesanais se uniam a cantoria de outros grupos. Uma verdadeira festa em meio à selva de pedra.

O evento mesmo querendo abarcar diversas ideias, anualmente seleciona um tema para que sejam escolhidos às atividades que irão acontecer durante os quatro dias de evento. Esse ano à temática foi: “Satyrianas do amor: sem medo do clichê”. Já ano passado a temática foi sobre as pessoas que vivem na miséria e são desprezadas. “Porque somos baldios?”.


(Fonte: Tatiane Zechetto – Peça: Página em branco. Coletivo Floresce Menina)

Além disso, esse ano em homenagem às crianças foi organizado uma série de apresentações e oficinas especiais para elas se divertirem no dia delas. Um dos projetos foi criado pelo centro de cultura e pesquisa Bibli-ASPA, que fez brincadeiras de diversas regiões que estão em zona de guerra, para mostrar a importância dessas regiões, como: África, Haiti e Síria.

No entanto, nem tudo são rosas. Mesmo o evento acontecendo a mais de uma década, existe ainda uma desorganização perante as divulgações dos eventos e atividades que acontecem no período do festival, se tornado algo difícil para acompanhar. No entanto, a política econômica do lugar favorece o espectador, pois eles trabalham com o "pague quanto você achar digno". Assim garantindo o direito do público participar de várias atividades diferentes.

A infraestrutura é um tanto quanto precária, mesmo acontecendo apresentações na Praça Roosevelt, Consolação, Santa Cecília, Luz e mais alguns outros espaços. A técnica que poderia proporcionar uma ambientação se torna falha, como a falta de luz nas atividades chamadas “Autopeças”, que acontecem dentro de um carro ou nas “lonas”, em que todas as apresentações precisam se adaptar a um único rider-técnico*.


(Fonte: Keiko Kataoka – Peça: Navalha na carne. Cia teatral Irmandade)

Todavia se adaptar a um único rider não parece ser um problema quando o evento propicia o espaço para a abertura de processo, que consiste em, qualquer grupo apresentar aquilo que estão pesquisando ou procurando entender. Muitos deles até optaram por um debate pós-apresentação para ouvir críticas aonde seria possível melhorar, e muitas das apresentações são performáticas para um público específico. Com isso se levanta o questionamento de até aonde o Satyrianas, mesmo sendo “pague quanto quiser”, é acessível para o público como um todo.

Carregado de esperança na busca de um espaço mais inclusivo para as mulheres, negros e do movimento LGBTI+. As apresentações que eu consegui assistir (tive que ser seletivo, pois em alguns determinados horários tinham 7 acontecimentos simultâneos) abordavam a tentativa de romper com o capitalismo, na espera de uma sociedade futura que não dependamos do dinheiro e que à alta classe não dominem as minorias. Constantemente lutar para sobreviver.

Satyrianas acontece anualmente com diferentes perspectivas e espaços de apresentações, o evento do ano que vem ainda não foi definido à data e a temática.

 

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