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SLAM - ONDE ESTÁ O BRASIL?

  • Writer: Artur Nicoceli
    Artur Nicoceli
  • Nov 15, 2018
  • 2 min read

Updated: May 21, 2019


“Sem massagem na mensagem, Slam resistência”. Não seria nada mais justo do que começar uma crítica enfatizando o bordão que o movimento usa para começar cada batalha ou demonstração de poesia. Um conjunto de pessoas, de diferentes sexos, raças e idades com um único objetivo: usar a palavra como manifesto diante de qualquer aspecto. Mesmo as melhores poesias, indiretamente tendo a temática das minorias necessitadas ou não, o amor nos tempos de “humanidade desumanizada” como diria Bertold Brecht, também são tópicos abordados.


“Slam – Voz de levante” conta o enredo de como essa estrutura de batalha de poesias podendo ter até três minutos sem qualquer interferência sonora cresceu no mundo, e como o Brasil abarcou dentro desse movimento nesses dez anos, principalmente envolvido pelo grupo teatral Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, especificamente a atriz, poeta e apresentadora de programa, Roberta Estrela D’alva, que representou o Brasil no campeonato nacional, e principalmente como esse movimento deu voz a uma população que não tinha como se expressar.

O documentário focaliza em mostrar como um movimento imerge mundialmente diante da vontade das pessoas de poderem dizer “qualquer coisa” em algum espaço que nunca existiu, por isso “voz do levante”. Abordando mundialmente, em diferentes países, o longa demorou mais de 10 anos para explicar como esse movimento funcionou aqui no Brasil e quais as barreiras que nós enfrentamos diante de diferentes aspectos, pois ao mesmo tempo que é um movimento mundialmente conhecido, também não é. O rap é revolução – diz Estrela D’alva em um momento especifico do filme, e vem como embate contra esse movimento que se diz ser “rap” e não traz nenhum conteúdo.

A sonorização voltada para o movimento incluindo Mv Bill, Racionais Mc, Criolo entre outros faz com que se sintamos parte do movimento de alguma forma, a amarração das cenas intercalando a contemporaneidade e os meados do começo do decênio passado transformam os 90 minutos em algo palatável (mesmo para quem nunca ouviu falar do movimento), interessante e rápido “como os três minutos de poesia”.

Vale ressaltar principalmente que duas mulheres negras foram as duas pessoas principais a levar a poesia brasileira mundo a fora. No entanto, ao mesmo tempo em que é enfatizada essa necessidade de dar voz a todos, sente-se a falta de mostrar mais sobre a cultura do Slam do Brasil, deixando suscitado entre o movimento na Guilhermina e o do Núcleo Bartolomeu. Compreendo que é muito conteúdo para um longa só. No entanto, da mesma maneira que existe o micro Slam que eles precisam suscitar uma poesia em menos de 10 segundos, poderiam ter feito o mesmo com o filme, mesmo deixando-o rápido, seria uma proposta.

Um documentário que todo brasileiro deveria assistir para entender um pouco da nossa cultura e como existe um cruzamento com outros países e diante de propostas da não valorização da mesma como formação da identidade humanitária, a poesia vem como salvação – a arte em si. A voz do levante é a flor que nasceu na rua, como diria Mano Brown.

"Slam - A Voz do Levante" estreia dia 22 de novembro. Confira o trailer!


 

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