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ROBIN HOOD - UMA RECICLAGEM BEM PRODUZIDA

  • Writer: Everton Salzano
    Everton Salzano
  • Nov 23, 2018
  • 2 min read

Updated: May 23, 2019



Robin Loxley (Taron Egerton) é um nobre que foi injustamente convocado para a guerra e, ao retornar, encontra sua Nottingham em decadência. Com a ajuda de Little John (Jamie Foxx), ele traça um plano para implodir o governo corrupto e acaba se tornando o icônico Robin Hood. Uma superprodução que executa de forma simplista a releitura de uma obra já saturada no cinema. O longa consegue ser menos pior que a catastrófica versão de 2010 estrelada por Russel Crowe, mas nem por isso a nova adaptação se faz necessária para o cenário cinematográfico atual. O ótimo uso da fotografia em pontuais cenas de ação não da liga para uma trama mal desenvolvida. O roteiro fraco é desconexo e faz um péssimo uso de narração, tornando o enredo cansativo.


O enorme carisma de Taron Egerton consegue acobertar sua visível falta de versatilidade na atuação e entrega uma boa releitura de um personagem tão desgastado. O ator pôde usar muito de sua bagagem de “Kingsman”, mas não segura a narrativa como consegue dando vida ao agente “Eggsy”. Já o “Little John” de Jamie Foxx repete fórmulas do ator que funcionaram em “Baby Driver” e “Django”, mas que mal tiveram espaço para funcionar nesse filme. É criado um prólogo interessante para seu personagem, que já é esquecido nos primeiros minutos.


Jamie Dornan surpreende muito depois de sua infame atuação em “50 Tons de Cinza” e, mesmo com uma participação extremamente mal aproveitada, é quem entrega a atuação mais consistente dentre o elenco. Seu personagem, Will Scarlet, seria promissor em uma sequência se a ideia do projeto fosse algo a se considerar.


É um desperdício ter uma participação tão secundária de Tim Minchim, que traz um bom timing cômico com o “Friar Tuck”, e Eve Hewson, que incorpora uma versão audaz e desconstruída da mocinha “Marian”. Ambos apontam uma relevância dentro da trama mas acabam sendo apenas personagens avulsos ao final.


Uma escolha inusitada foi a modernização dos figurinos, ainda que dentro de um contexto medieval. Existe um estranhamento em um primeiro momento, mas a agilidade da trama dá sentido para a escolha e acaba funcionando. A estética criada tenta trazer originalidade em meio a tantos “Game of Thrones” e até traz uma linguagem de quadrinhos em alguns momentos, mas acaba sendo só um compilado de retalhos. Não faltam críticas sociais e alfinetadas políticas, mas todas colocadas no roteiro de forma tão clichê que até perdem o peso. É controversa a decisão de apresentar o personagem como um super-herói ao invés de um humano cheio de falhas, assim enfraquecendo o conceito de “roubar dos ricos para dar aos pobres” já que seu jeito nada ortodoxo de redistribuir a renda envolve múltiplos assassinatos.

É um bom filme de ação, que abre várias lacunas interessantes mas que não desenvolve um arco para nenhuma delas. Um projeto bem intencionado mas extremamente mal desenvolvido.

“Robin Hood – A Origem” chega aos cinemas brasileiros em 29 de Novembro, com distribuição da Paris Filmes.

 

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