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COLETTE - O PODER FEMININO

  • Writer: Artur Nicoceli
    Artur Nicoceli
  • Dec 9, 2018
  • 2 min read

Updated: May 21, 2019


Spoiler Alert: Esse texto contém spoilers sobre o filme!

“O poder da palavra está na mão de quem escreve” ou algo similar é a linha de conduta da nova obra de Wash Westmoreland, inspirada na opressão sofrida pela Sidonie-Gabrielle Colette. Do ócio masculino diante da prestatividade de uma mulher com o objetivo de granjear capital.

Ao se casar com um suposto escritor (14 anos mais velho), a garota é levada para o farsante mundo artístico de Paris e descobre que seu marido é na verdade, um ilusionista-autor, pois o mesmo tinha funcionários que escreviam textos no qual ele assumia a autoria e ganhava todo o crédito, quando percebe a necessidade de crescer diante do público e lançar algo inovador. Collete, sua mulher, começa a escrever livros sobre a infância dela e anos que se passaram, e seus livros acabam se tornando um Best-Seller mundial. Mesmo o livro tendo o nome e a história dela, Willy (seu marido) continuava tendo a assinatura como autor do texto.

Com o sucesso estrondoso das obras, Collete conhece Mathilde de Monry, um atriz conceituada e desconstruída, já que, em uma época da aristocracia, uma mulher usar terno não era de bom tom. A mesma percebe que Collete é a verdadeira autora dos livros com o mesmo nome e a incita a assumir junto com Willy uma coautoria. No entanto, o mesmo se nega dizendo que haveria prejuízo financeiro e de forma negligente vende a patente dos livros, para que ela não pudesse recorrer à justiça dizendo que era dela.

Willy ainda pede para que seu secretário queime todas as provas de que o livro era dela. No entanto, ele salva os documentos e reenvia para a mesma conseguir lutar pelos direitos dos livros, lançando mais um para a coletânea onde contava os dias atuais – naquela época da personagem.


O filme conta com um elenco representando super bem a realidade diante do que foi vivida a personagem, e com cortes rápidos demonstra toda a efervescência do sucesso dos livros dela. No entanto, a trilha sonora parece uma mistura de pesquisas no Youtube: “Trilhas tristes para momentos tristes” e “Beethoven”. A iluminação trabalha com cores naturais e pastéis, e poucas tonalidades de azul para uma ambientação mais fechada.

O longa tem uma duração cansativa de uma hora e quarenta. O diretor prezou por enrolar dando detalhes e diálogos que poderiam ser cortados, deixando o filme maçante. No entanto, quando o mesmo resolve amarrar a vida artística nos palcos de Colette e Monry ao mesmo tempo em que relata as angústias pelo poder dos direitos do livro de Willy – o filme se torna atraente.

Sobre o poder feminino, e a necessidade de gritar para romper a barreira da opressão machista, Colette é uma ótima representação de quais são as dificuldades de uma mulher conseguir se erguer em um governo aristocrata, onde a represália era constante.


Collete estreia no Brasil em 13 de dezembro, com distribuição da Diamond Films.

 

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