MINHA VIDA EM MARTE - UM OLHAR BEM HUMORADO DE QUANDO O AMOR PERDE A GRAÇA
- Everton Salzano
- Dec 22, 2018
- 2 min read
Updated: May 23, 2019

Fernanda (Mônica Martelli) está no momento de vida que tanto almejou, casada com o homem dos seus sonhos e com uma filha pequena. Quando tudo entra em colapso ela se vê obrigada a abrir mão de todas as expectativas que havia criado e, com a ajuda de Aníbal (Paulo Gustavo), busca um novo caminho para a sua felicidade.
Continuação do premiado “Os Homens são de Marte... e É pra lá que Eu Vou” de 2014, o longa é um respiro entre tantas sequências no cinema nacional que adotam roteiros rasos para reaproveitar um molde que foi sucesso de bilheteria. O enredo desconstrói o conceito de “Felizes para sempre” e mostra o quão abrangente ele pode ser quando você se permite viver.
Mônica Martelli é uma gênia em cena e consegue te envolver do começo ao fim. O roteiro costurado por narrações/pensamentos da “Fernanda” dão um tom sincero que trás leveza ao enredo. E o fato da atriz ter escrito a personagem baseada em suas próprias desventuras amorosas não limita a sua atuação a uma zona de conforto, conseguindo até dar ao publico a sensação de já ser um amigo íntimo ouvindo os desabafos da protagonista em uma conversa descontraída.
Paulo Gustavo abandona seus bordões repetitivos e entrega um Aníbal mais consistente nessa sequência. Seu personagem estereotipado traz um tipo de humor grosseiro e cheio de ofensas gratuitas que infelizmente ainda funciona na dramaturgia brasileira, mas consegue ter algumas tiradas inteligentes.

Assistir essa dupla de protagonistas se divertindo é o que torna o filme mais divertido. E a direção de Susana Garcia permite que o filme exale feminilidade sem impedir que se comunique com qualquer um que já sentiu qualquer forma de amor.
Por um momento a trama cai no cansativo “esposa troféu é traída e o marido pede o divórcio para ficar com a amante mais nova”, mas essa premissa blasé de comédia romântica logo se subverte em uma lição sobre amor próprio e amizade.
De forma descontraída, o filme abre espaço para muitas reflexões sobre as relações humanas. Além de proporcionar boas risadas com situações tão absurdas que fica impossível não se imaginar no lugar das personagens.
Diversão garantida até nos erros de gravação exibidos durante os créditos finais.
“Minha Vida em Marte” estreia em 25 de Dezembro, distribuído pela Downtown Films.
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