O QUE DEVEMOS ESPERAR NOS PALCOS EM 2019?
- Artur Nicoceli
- Jan 2, 2019
- 5 min read

Nós da Flit Studios separamos as próximas apresentações de teatro que valem a pena serem vistas em 2019. O nosso critério de escolha foi os trabalhos desenvolvidos anteriormente pelos grupos ou pela própria direção.
“O jardim das cerejeiras”

A clássica obra de Anton Tchekov conta a história das tentativas aristocráticas de manter o status enquanto a burguesia tenta achar significado no materialismo. Refletindo a real sociedade do século XX. A obra será apresentada pelo Grupo Tapa dia 10 de janeiro.
“Dogville”

O enredo conta sobre uma cidade fictícia situada no topo de uma montada onde reside uma família de pessoas aparentemente bondosas e acolhedoras quando chega uma misteriosa forasteira (Mel Lisboa) fugindo de algumas pessoas. Com uma adaptação da obra de Lars Von Trier, conta com os atores Eric Lenate, Fábio Assumpção, entre outros. Com direção de Zé Henrique de Paula, o mesmo que dirigiu a peça: Um panorama visto da ponte, com estreia para o dia 25 de janeiro.
“Outros”
O grupo Galpão tem a nova estreia dirigida por Marcio Abreu. É um espetáculo sobre a construção da memória e o impacto do agora no porvir. Sobre a necessidade de ruptura com pensamentos e estruturas arraigadas que já não devem nos representar, mas sim abrir caminho para a possibilidade de novos horizontes, paisagens, reflexões. Em cena, a instabilidade desse momento transborda e vai além do que a palavra dá conta de expressar, reverberando nos corpos dos atores e das atrizes em cena, as inquietações, possibilidades e impossibilidades do hoje. Com estreia também para o dia 25 de janeiro.
“Meu quintal é o maior do mundo”
Manoel de Barros é homenageado pela atriz Cássia Kiss e o musicista Gilberto Rodrigues. O espetáculo traz em forma de prosa poética a riqueza desse universo. Parceiro constante de Cássia, o diretor Ulysses Cruz assina a concepção geral da montagem e também a adaptação dos textos ao lado dela, enquanto Gilberto Rodrigues é responsável pela direção e criação musical. Com estreia no Teatro Sesi dia 31 de janeiro.
“Interlúdio”
Felipe Hirsch dirige Amanda Lyra, Magali Biff, Renato Borghi, Rodrigo Bolzan e Vinicius Meloni no espetáculo que estreia em 8 de março no Teatro Anchieta.
“Macunaima”

Apresentado pelo grupo “A barca dos corações partidos” que apresentou: O auto do reino do Sol conta com a direção de Bia Lessa, a mesma que dirigiu, Grande Sertão Veredas é convidada para trabalhar o clássico de Mario de Andrade tem estreia para 13 de março no Centro Cultural Banco do Brasil.
“Ovo”
A apresentação conta a história de uma forma colorida sobre o mundo dos insetos. Dirigido pela Deborah Colker, a apresentação é organizada pelo Cirque Du Soleil. Com estreia para 21 de março.
“Dona Ivone Lara – Um sorriso negro”
Uma peça que antes mesmo de ser apresentada já trouxe polemica sobre a atriz escolhida para representar a cantora tem o enredo de desenvolver toda a trajetória social e artística de Ivone Lara com estreia prevista para 22 de março.
“Luz Vermelha”
A Cia. Pessoal do Faroeste, dirigida por Paulo Faria, estreia em Abril nova peça que se inspira nos heróis das histórias em quadrinhos, cinema e depoimentos de quem sofreu tortura durante a ditadura militar.
“A Morte do Caixeiro Viajante”

Dirigido por Zé Henrique de Paula, Herson Capri protagoniza o drama de Arthur Miller esta prevista para estrear em Abril no Teatro Raul Cortez. Willy Loman passou toda sua vida acreditando que ele e sua família atingiriam o poder, seriam ricos e muito felizes. Porém, lutando dia a dia como um caixeiro viajante, ele está prestes a perder seu emprego.
“O Mistério de Irma Vap”
Mateus Solano e Luis Miranda, dirigidos por Jorge Farjalla, preparam uma nova versão da comédia de Charles Ludlam que estreia em Abril no Teatro porto seguro. Irma Vap apresenta oito personagens destinados a ser interpretados por dois atores. Os atores interpretam papeis de ambos os sexos.
“A ponte”
Conta à história de três irmãs que são separadas por motivos diversos são obrigadas a se reencontrar após a morte da mãe. A tríade principal do elenco conta com: Débora Lamm, Bel Kowarick e Maria Flor. A estreia acontece no dia 20 de junho no Centro Cultural Banco do Brasil.
PEÇAS AINDA SEM DATA DE ESTREIA DEFINIDA
A Casa das Sete Mulheres

O romance histórico de Leticia Wierzchowski, sucesso como minissérie da Rede Globo, ganha o formato de musical sob a direção de Ulysses Cruz. Tem previsão de estreia para o segundo semestre de 2019. De fato, ambientada durante a Revolução Farroupilha (1835-1845), no Sul do País, a trama mostra como o líder do movimento, general Bento Gonçalves da Silva, isola as mulheres de sua família em uma estância afastada das áreas em conflito com o propósito de protegê-las. Quando a guerra começa a se prolongar, a vida daquelas mulheres passa por inúmeras transformações.
“Kintsugi, 100 Memórias”
O Grupo Lume volta aos palcos com espetáculo que tem dramaturgia de Pedro Kosovsi e direção do argentino Emilio Garcia Whebi e traz referências da cultura japonesa.
“Todos os que Caem”
Roberto Alvim dirige em março no Sesc Campo Limpo texto de Samuel Beckett com Juliana Galdino e mais seis atores no Club Noir. A obra retrata as misérias da condição humana com um humor patético, negro e cúmplice, a partir de um casal de idosos, o cego Mr. Rooney e a sua mulher, Maddy, que o vai esperar à estação ferroviária. A peça em um só acto consiste em grande parte neste trajecto purgatorial - e por isso dantiano - de uma mulher envelhecida e doente, que não perde, contudo, conforme acontecerá com a sua sucessora Winnie, de Dias Felizes, a ironia jovial de uma resistente condenada à vida.
“Mãe Coragem e Seus Filhos”
Bete Coelho encara a mítica personagem do clássico de Bertolt Brecht sob a direção de Daniela Thomas. No elenco ainda estão Ricardo Bittencourt, Bruce Gomlevsky, Wilson Feitosa, Cacá Toledo e Luiza Curvo. A história da peça é contada em 12 anos representados em 12 cenas curtas. Não há tempo na peça para desenvolver sentimentalismos ou empatia por nenhum dos personagens, nem mesmo pela personagem-título. Ainda, Mãe Coragem não é retratada como uma personagem nobre (como faziam os gregos, que, em suas tragédias, colocavam os personagens principais como heróis acima da humanidade), pois o conceito brechtiano de distanciamento não permite. Entretanto, certos críticos apontam um certo "heroísmo grego" na personagem Katrin.
“O que Mantém um Homem Vivo?”
Quatro décadas depois, o ator e diretor Renato Borghi volta a montar o texto de Bertolt Brecht. No elenco ainda estarão Elcio Nogueira Seixas e Georgette Fadel.
Fábulas de Terror – Titus/Macbeth.
André Guerreiro Lopes dirige Helena Ignez e Djin Sganzerla, entre outros, na montagem que funde Titus Andronicus e Macbeth, de Shakespeare, para falar da naturalização da violência.
“Minha Estrela Dalva”
Renato Borghi recriou o texto do musical A Estrela Dalva,protagonizado por Marília Pêra em 1987, para dar uma visão mais pessoal sobre a cantora Dalva de Oliveira. Laila Garin será a protagonista.
“Tartufo”

Para comemorar os 20 anos do Ágora Teatro, o ator Celso Frateschi vai protagonizar a clássica comédia satírica de Molière. O autor utiliza em seu texto elementos de sofisticada linguagem cômica, abordando com mordacidade as relações humanas que envolvem a religião, o poder e a ascensão social. Utilizando-se como mote a aristocracia francesa, em luta por manter seus privilégios, a burguesia ascendente, ávida por ampliar seu status e ainda o papel intrigante dos religiosos, é, no entanto, através da popular e sábia "Dorina", a empregada, que Molière desconstrói a hipocrisia de estrutura social da 'época, desmascarando o farsante "Tartufo".
As imagens utilizadas são meramente ilustrativas e não necessariamente representam as peças descritas
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