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PETER JACKSON E O UNIVERSO DA FANTASIA

  • Writer: Luís Henrique Franco
    Luís Henrique Franco
  • Jan 9, 2019
  • 6 min read


O diretor, produtor e escritor Peter Jackson nasceu na Nova Zelândia, em 31 de outubro de 1961. Ao longo da sua carreira, dedicou suas obras aos gêneros da fantasia e da ficção, criando e adaptando mundos fantásticos, alguns dos quais ainda vivem em nossas lembranças e povoam nossa imaginação.

Ainda criança, o futuro diretor já produzia seus primeiros filmes amadores usando uma câmera Super 8 que ganhara de aniversário de uma amiga de seu pai. Seus atores eram seus amigos de infância, e Jackson logo se acostumou a ter uma câmera em mãos. E mesmo no amadorismo, o jovem já demonstrava uma característica que seria extremamente marcante no adulto: a capacidade de fazer grandes efeitos especiais a um preço muito baixo.

Como adolescente, Jackson entrou em uma competição que incentivava a produção de filmes amadores entre crianças e jovens. Para a competição, ele criou uma animação em stop-motion onde um monstro destruía uma cidade inteira. Nesse filme, demonstrou conhecimento e inspiração pelo trabalho de Ray Harryhausen, produtor de efeitos visuais que ficou famoso por filmes como Poderoso Joe e o primeiro Fúria de Titãs. Infelizmente, Jackson não venceu.

COMEÇO DA CARREIRA

Aos 22 anos, Jackson continuava produzindo filmes amadores com seus amigos e a um orçamento muito baixo. Seu novo filme se chamava Trash – Náusea Total e Jackson foi o responsável não apenas pela direção, mas também pela produção, pelo roteiro, pelas filmagens e pela atuação em inúmeros papéis, incluindo o de herói do filme. Após quatro anos, o filme foi lançado, e o que começou como uma piada e uma produção amadora se tornou um clássico cult, atraindo a atenção de um amigo de Jackson que trabalhava na indústria cinematográfica e o convenceu a levar seu filme para Cannes, onde recebeu muita aclamação e prêmios.


Trash- Náusea Total se tornou um marco por seu humor bizarro e por seus efeitos, que alternavam entre realistas e amadores a ponto de ser engraçados. Foi esse o filme que deu a Peter Jackson o reconhecimento como diretor e abriu as portas para a sua carreira na indústria profissional. Logo ele se tornaria conhecido como um produtor de filmes de horror, inicialmente, entre os quais o seu primeiro trabalho profissional, Fome Animal, conquistou grande sucesso.

ANOS 90: OS FILMES DE HORROR

Fome Animal é um filme de zumbis de 1992 que se inicia quando a mãe de Lionel Cosgrove (Timothy Balme) é mordida por um rato vindo de uma ilha perdida na região de Sumatra. A mulher logo vem a falecer pelo contágio da mordida, mas inexplicavelmente retorna dos mortos e passa a devorar animais e pessoas, forçando Lionel a tentar conter esse mal dentro de casa. Mas o terror é tão grande que o força a tomar uma decisão e enfrentar sua mãe opressiva antes que a infestação zumbi se espalhe de maneira incontrolável.


Para um primeiro trabalho profissional, Fome Animal conseguiu angariar um certo prestígio, embora não seja nem de perto um dos melhores filmes de Peter Jackson. Logo em seguida, o diretor lançou Almas Gêmeas (1994), baseado na história real de duas garotas que nutriam uma amizade extremamente forte, a ponto de se tornar uma relação obsessiva e levar à mãe de uma delas a tentar separá-las de uma vez por todas. Furiosas com a decisão, as duas buscam vingança contra a mulher e contra as famílias de ambas. O filme foi indicado ao Oscar de Melhor Roteiro.


Logo depois, veio Os Espíritos (1996), que conta a história de um homem (Michael J. Fox) que recebe o dom de ver e se comunicar com os espíritos dos mortos e usa esse poder para fazer uma aliança com os fantasmas que o ajudam em seu novo trabalho de caça-fantasmas, até que uma entidade maligna semelhante ao Ceifador da Morte começa a perseguir e matar pessoas, levando-o a buscar uma saída para proteger as pessoas e realmente banir o espírito maldoso.

Durante esses anos, Jackson também apresentou alguns projetos menores, incluindo filmes para a TV. Seu grande triunfo como diretor, porém, viria no começo dos anos 2000.

A GRANDE TRILOGIA DE UM DIRETOR


Fanático por aventuras, Peter Jackson sempre foi um grande fã da história escrita por J. R. R. Tolkien, O Senhor dos Anéis, à qual leu pela primeira vez quando tinha dezoito anos. Segundo ele próprio, após ler aquela história, ele mal pôde esperar para ver o lançamento de um filme e que “vinte anos depois, ninguém tinha feito um longa, e eu comecei a ficar impaciente”, segundo ele próprio afirma.


O primeiro filme do que viria a se tornar uma trilogia chegou aos cinemas em 2001. O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel foi filmado em várias localidades da Nova Zelândia, o cenário favorito do diretor, e iniciou a história do hobbit Frodo (Elijah Wood), que recebe a missão de destruir um poderoso anel forjado pelo senhor do escuro Sauron e que, se por acaso regressar para o poder desse, traria escuridão para toda a Terra Média.

Com três horas de duração, o filme se tornou um grande sucesso para o público nerd e fãs do gênero de aventura, conquistando 4 Oscars e abrindo a possibilidade para uma continuação. O Senhor dos Anéis: As Duas Torres chegou aos cinemas em 2002 e já contava a história em duas frentes: a primeira centrada na jornada de Frodo e Sam (Sean Astin) rumo à Montanha da Perdição, guiados por Gólum (Andy Serkis); e a outra focada na luta dos outros membros da Sociedade, liderados por Aragorn (Viggo Mortensen) e Gandalf (Ian McKellen), para proteger os povos da Terra Média contra a ameaça do inimigo. As Duas Torres obteve um sucesso menor que seu antecessor, conseguindo faturar mais dois Oscars apesar disso.


Em 2003, Jackson finalizou seu longo projeto com o maior filme da trilogia, tanto em termos de ganhos quanto em termos de duração. Com três horas e vinte minutos, O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei marca a batalha final pela Terra Média e a última etapa da viagem de Frodo rumo à Montanha da Perdição. Com grandes efeitos e cenas de ação memoráveis que até hoje são lembradas e memorizadas pelos fãs, o filme se tornou um épico da fantasia contemporânea e faturou um total surpreendente de 11 Oscars, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Trilha Sonora. O filme também ocupou o lugar de terceira maior bilheteria da história durante muitos anos, mas triunfos mais recentes acabaram por deixar o filme para trás, embora ainda retenha um número considerável.


A trilogia de O Senhor dos Anéis foi a obra da vida de Peter Jackson, como ele próprio afirma. Reavivando o gênero de fantasia, introduziu no cinema um universo épico e grandioso, de seres poderosíssimos e batalhas triunfais. Um grande marco na história do diretor e do cinema.

OS ANOS APÓS O SENHOR DOS ANÉIS

Dois anos depois de seu sucesso com O Retorno do Rei, Jackson retornou ao mundo da fantasia para realizar uma releitura de um dos maiores clássicos do cinema americano no gênero, King Kong. Com efeitos especiais muito mais avançados do que os filmes anteriores, e contando novamente com Andy Serkis no elenco (atuando como Kong), o diretor conseguiu dar nova vida ao clássico, embora sua versão não seja tão bem lembrada e tenha ficado gigantesca em questão de tempo de duração. As expressões vivas de Serkis, no entanto, deram um toque de realidade para o grande gorila e se tornaram um marco em sua carreira.


Nos anos seguintes, Jackson dirigiria Um Olhar do Paraíso (2009), e se tornou produtor do filme de ficção sul-africano Distrito 9 (2009), que conta como uma comunidade humana tenta conviver com refugiados de outro planeta que são marginalizados e violentados diariamente. Em 2011, Jackson foi produtor de As Aventuras de Tintin, animação que reviveu a história das HQs escritas pelo belga Hergé. Com direção de Steven Spielberg, o filme conseguiu reviver o desenho antigo e obteve até um certo prestígio, resultando em duas sequências ainda em planejamento e sem data definida.



Em 2012, o diretor decidiu retornar para a Terra Média com uma nova trilogia antecessora ao seu grande sucesso, lançando assim O Hobbit, três filmes que passaram muito longe do sucesso obtido por O Senhor dos Anéis e que, mesmo com efeitos mais avançados, falharam em conseguir cativar o público da mesma forma. A aventura de Bilbo (Martin Freeman), acompanhado por treze anões que planejam retomar seu lar do perigoso dragão Smaug (Benedict Cumberbatch), até possui seus momentos interessantes e importantes, como o encontro do Hobbit com o Anel do Poder, mas não consegue dar o mesmo tom que foi dado pela trilogia anterior e, justamente por também ter sido feita na forma de uma trilogia, acabou cansando demais o público pela clara falta de material disponível para a realização de três filmes longos.


Em 2018, Jackson iniciou um novo trabalho em Máquinas Mortais, que estabeleceu um mundo pós-apocalíptico onde as cidades são construídas em cima de rodas e vagam o mundo em busca de recursos. As maiores cidades são predadores terríveis que comem as menores. É nesse mundo de caçador e caça que uma jovem sobrevivente (Hera Hilmar) busca sua vingança contra Thaddeus Valentine (Hugo Weaving) o líder da terrível cidade de Londres. Apesar de críticas não muito positivas, o filme mantém a ligação do diretor com o universo da ficção e da fantasia. Para os interessados, Máquinas Mortais estreia nos cinemas brasileiros no dia 10 de janeiro.


E você? Qual a sua produção favorita de Peter Jackson? Deixe nos comentários!

 

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