O MENINO QUE QUERIA SER REI - UM CLÁSSICO MODERNIZADO POR UMA LIÇÃO VALIOSA
- Clara Sangiorgio
- Jan 20, 2019
- 2 min read
Updated: May 23, 2019

Na visão de muitos, readaptar uma história clássica é um tiro no pé, principalmente quando esta história é repaginada e trazida para os dias atuais. Felizmente, O Menino Que Queria Ser Rei é um acerto, e traz uma leve e divertida visão para o conto de Rei Arthur e seus Cavaleiros da Távola Redonda.
Dirigido por Joe Cornish - diretor do aclamado Ataque ao Prédio, de 2011 – o longa infanto-juvenil conta a história de Alexander (Louis Serkis, filho de Andy Serkis), um menino que, ao lado de seu fiel amigo Bedders (Dean Chaumoo), sofre bullying todos os dias, e um dia, fugindo de seus carrascos se depara com a espada Excalibur. É neste momento que sua vida se transforma, e Alex e seus amigos passam a treinar com o mago Merlin (vivido por Patrick Stewart e Angus Imrie) a fim de impedir que a feiticeira Morgana (Rebecca Ferguson) saia das profundezas de onde estava aprisionada e escravize toda a raça humana.

O momento mais interessante do filme em termos de roteiro é, quando de forma metalinguística, Alex percebe que terá que trilhar a sua própria “jornada do herói” assim como Harry Potter e Luke Skywalker, segundo o protagonista. O termo cunhado pelo estudioso Joseph Campbell designa a estrutura em doze etapas na qual histórias com protagonistas heroicos são contadas há séculos, e ainda hoje é muito usada nos roteiros cinematográficos, como o próprio Alex nota.
O elenco torna o filme ainda mais gostoso de se assistir, os personagens são extremamente cativantes, e apesar dos nomes de peso de Patrick Stewart e Rebecca Ferguson, são os atores mais jovens e desconhecidos que roubam a cena.


Durante todo o filme a lenda é revisitada de forma que, ela não só esteja inserida no mundo moderno, mas também se transforme em uma história contemporânea. As razões principais para que Morgana ressurja das profundezas são o caos e a desunião que o mundo vive, Alex e seus amigos/cavaleiros descobrem que seguir o Código do Cavaleiros é a única forma de vencê-la, e é deste ponto que parte a valorosa lição que Joe Cornish quer passar ao público: a transformação do caótico mundo em que vivemos começa por nós, e nem sempre as batalhas que travaremos precisarão de espadas e armaduras, mas isso não faz de nós menos heroicos.

O Menino Que Queria Ser Rei estreia no Brasil no dia 31 de Janeiro distribuído pela Fox Filmes.
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