UMA DINASTIA DE 300 ANOS: GRANDES NOMES DA CASA TARGARYEN
- Luís Henrique Franco
- Apr 14, 2019
- 12 min read
Updated: May 5, 2019

Os Targaryen estão de volta! Com a chegada de Daenerys a Westeros e a recente revelação dos verdadeiros pais de Jon Snow, o dragão de três cabeças volta a se erguer para conquistar o Trono de Ferro. Mas não é só desses dois personagens que a casa é composta. Ao longo de toda a história de Westeros, relembrada nos livros e na série, mas nunca de fato mostrada, diversos reis, rainhas e príncipes marcaram o continente de maneira intensa, para o bem e para o mal.
Valendo-se do livro O Mundo de Gelo e Fogo, organizado por Elio M. García e Linda Antonsson, voltaremos ao passado desse mundo fictício e lembraremos alguns dos mais importantes membros dessa casa que, durante quase três séculos, reinou praticamente incontestável em Westeros e triunfou na política, na guerra e nas relações com as outras casas e entrou para a fama por sua nobreza, mas também por sua loucura.
AEGON I, O CONQUISTADOR

E começamos essa lista pelo mais famoso de todos os Targaryen, aquele que iniciou a sua poderosa Dinastia após conquistar todos os reinos de Westeros sobre as costas de seu dragão, Balerion, o Terror Negro, e unificou famílias em guerras sob um único poder legítimo. Nascido em Pedra do Dragão, Aegon Targaryen contrariou seus ancestrais e não voltou seus olhos para o Leste, para Valíria, mas para o continente de Westeros a Oeste. Aportando na Foz da Água Negra, onde mais tarde se ergueria Porto Real, ele iniciou lentamente, e com um exército pequeno, o seu processo da Conquista.
Mesmo com um exército pequeno, os dragões de Aegon e suas irmãs davam a eles uma grande vantagem na batalha. Ainda assim, o futuro rei se demonstrava cuidadoso no seu uso dos animais, criando estratégias elaboradas para derrotar seus inimigos no continente, derrotando os Lordes Darklyn e Mooton para tomar o restante do que se tornariam as Terras da Coroa. Quando Harren Hoare se opôs ao seu domínio, Aegon atacou sua fortaleza de Harrenhal, dita como impenetrável, e usou o fogo de Balerion para queimar o Rei das Ilhas e dos Rios, junto com seus filhos e seus seguidores. Logo depois, enfrentou o grande desafio dos exércitos conjuntos da Campina e do Oeste, sob o comando dos reis Gardener e Lannister, e triunfou no Campo de Fogo, aceitando as rendições de Lannister e de lorde Tyrell, que tomara Jardim de Cima dos Gardener. Com o rei Torrhen Stark jurando lealdade a ele, Aegon enfrentou o seu último desafio, Dorne, mas não conseguiria dominar a região durante a Conquista ou durante seu reinado, apesar de inúmeras tentativas.

Como rei, Aegon I não foi tão marcante como foi como guerreiro e conquistador. Entre seus maiores feitos, está o crescimento da cidade de Porto Real e a criação da Irmandade Juramentada da Guarda Real, embora essa última seja um triunfo maior de sua irmã, Visenya, além da criação do que viria a se tornar o Pequeno Conselho, mesmo que essa resolução servisse muitas vezes para afastar Aegon das tarefas de rei, deixando decisões importantes nas mãos de seus lordes conselheiros. Seu grande feito, contudo, foi garantir uma época de paz duradoura durante todo o seu reinado, impedindo conflitos entre os reinos ainda muito recentemente unidos, unificando casas distantes e, muitas vezes, rivais. Com seus herdeiros, Aenys e Maegor, jovens e fortes, a dinastia de Aegon sobreviveu muito tempo após sua morte em Pedra do Dragão, embora os reis que o seguiram não tenham conseguido manter a paz da mesma forma.
RAINHA VISENYA

Muitos se lembram facilmente do poder de Aegon, o Conquistador, e seu perigoso Balerion, o Terror Negro, e a maneira como eles conquistaram os Sete Reinos. Nem todos, porém, lembram que, junto com Aegon, estavam suas duas irmãs e que elas também tiveram um papel extremamente importante na conquista de Westeros. Irmã mais velha de Aegon, Visenya Targaryen se tornaria conhecida por sua crueldade e frieza, principalmente nos anos em que seu filho Maegor, o Cruel, reinaria.
Portando a espada Irmã Negra, Visenya era severa, dura e implacável. Suas primeiras vitórias em Westeros foram contra os Stokeworth e contra a poderosa frota do Vale, que seu dragão, Vhagar, queimou. Depois, estava junto com seus irmãos na vitória contra os reis Gardener e Lannister no Campo de Fogo, partindo logo depois para a conquista definitiva do Vale, que logo se rendeu. Após a Conquista, ela ainda teria um papel importante na Guerra Dornesa, vingando a morte de sua irmã Rhaenys ao queimar todos os castelos de Dorne em retaliação. Após inúmeras tentativas de assassinato, criou a Guarda Real e seus votos.
Após a morte de Aegon, Visenya permaneceria como a última dos três irmãos, causando grande confusão no reino enquanto defendia o direito de seu filho, Maegor, de reinar no lugar do fraco Aenys I. Após sua morte, Maegor I viria a ocupar o trono, vindo a ser conhecido como o Cruel, muito em parte devido à influência de sua mãe, que foi uma das principais responsáveis por impedir que as pessoas desafiassem o trono de seu filho e seu direito à Coroa. Após a sua morte, rumores correram de que teria sido ela que matara Aenys I com veneno, o que a levou a receber o título de Regicida. Mesmo sem sua primeira dona, o dragão de Visenya, Vhagar, seria uma memória triunfante dos primeiros anos da Casa Targaryen por muitos anos até a sua morte, durante a Dança dos Dragões.
PRINCESA RHAENYRA

No reinado de seu pai, Viserys I, Rhaenyra era uma princesa mais do que amada por seu povo. Sempre alegre e radiante, era conhecida como a Jóia do Reino. É realmente uma pena que uma herdeira tão amada tenha sido personagem central em um dos eventos mais sanguinários e fatídicos da história de Westeros: a Dança dos Dragões.
Dita pelo próprio Viserys I como sua herdeira, Rhaenyra estava em Pedra do Dragão, dando à luz seu terceiro filho, quando seu pai morreu. Em sua ausência, a esposa de Viserys, Alicent Hightower, e Sir Criston Cole, o Fazedor de Reis, coroaram Aegon II às pressas e ainda durante o luto pelo falecido rei, o que provocou a fúria de Rhaenyra. Ambos os lados convocaram seus vassalos para a guerra, e várias vidas foram perdidas, incluindo o filho de Rhaenyra, Lucerys, e os filhos de Aegon II, Jaehaerys e Maelon. Tanto o rei quanto a rainha lutaram em incontáveis batalhas por todo o reino, e milhares foram dilacerados pela espada e pela chama. Com a ajuda de seu marido, Daemon Targaryen, Rhaenyra chegou a tomar Porto real e executar muitos lordes leais a Aegon.
A Dança dos Dragões foi um dos eventos mais catastróficos da história de Westeros não apenas pelo número de mortes entre a população, mas também pelo grande número de dragões mortos, seja em batalhas, seja no infame ataque da população de Porto real contra o Fosso dos Dragões. No fim, apesar de lutar bravamente, Rhaenyra perdeu a posse de Porto Real e logo foi capturada e devorada pelo dragão do rei Aegon II, Sunfyre. Aegon II não durou muito mais, contudo, sendo envenenado pouco tempo depois. Quanto aos dragões, os que sobreviveram morreriam todos ainda no reinado de Aegon III, filho de Rhaenyra.

BAELOR I, O ABENÇOADO

Assumindo o Trono de Ferro em um momento de grande tensão contra Dorne, Baelor I ficou conhecido por seus atos de piedade e por sua fé inabalável, que logo viria a consumi-lo em um radicalismo cego. Seus primeiros atos, no entanto, foram marcados como extremamente bondosos. Enquanto os lordes clamavam por vingança contra os dorneses pela morte do rei Daeron I, Baelor não só os perdoou como liderou ele próprio uma marcha para devolver os reféns da guerra contra Dorne, caminhando descalço e desarmado de Porto Real até Lançassolar. A sua sobrevivência à árdua jornada pelo Caminho do Espinhaço e pelos desertos de Dorne foi considerada o primeiro milagre de seu reinado, e a paz com Dorne, o segundo. O terceiro seria como ele conseguiu salvar seu primo, Aemon, de um poço cheio de víboras sem ser picado.
Contudo, o que deveria ser um reinado abençoado logo foi desmoronando após o retorno do rei a Porto Real. Firme aos Sete, Baelor desfez seu casamento com a irmã Daena, alegando que ele fora realizado antes de ele se tornar rei e nunca fora consumado. Depois, ele prendeu suas três irmãs em sua própria corte, conhecida como Arcada das Donzelas, sob a justificativa de querer proteger sua pureza. E conforme os anos avançavam, suas decisões se tornavam ainda mais radicais e fervorosas, abrindo mão do tesouro real para cobrir seus atos de caridade extravagantes, dando grandes poderes ao Alto Septão e inclusive queimando livros de conteúdos pecaminosos. Sua maior obra é, sem dúvida, o Grande Septo de Baelor, que também custou muito à Coroa e nem chegou a ser terminado enquanto ele estava vivo.
Entre seus jejuns e a indicação de um garoto de oito anos para Alto Septão, Baelor I logo ficou famoso por seus fanatismos, e foi por causa deles que ele morreu, após jejuar por um período extremamente longo, quarenta dias. As tentativas dos Meistres de salvá-lo foram em vão, e por conta de sua insistência em não realizar nenhum novo casamento por conta de seus votos de Septão, Baelor I morreu sem deixar nenhum herdeiro próprio.
AEGON IV, O INDIGNO

Aegon IV sucedeu seu pai, Viserys II, e logo começou a mostrar a principal característica de seu reinado. Apesar dos inúmeros reis loucos e extravagantes que passaram pelo Trono de Ferro, O Indigno superou a todos com sua gula, sua luxúria e seus desejos exorbitantes. Logo nnos primeiros anos, cercou-se de pessoas que o bajulavam e mulheres bonitas para saciá-lo, possuindo um absurdo total de nove amantes em sua corte. Frequentemente concedia presentes exorbitantes para lordes ou retirava deles suas heranças e suas posses.
Insensato, reconheceu todos os seus bastardos, o que logo se provaria um grande problema para o Reino e resultaria em derramamento de sangue. Com seus parentes de sangue, envolvia-se em brigas constantes com todos ao seu redor. Atormentou sua irmã Naerys por toda a sua vida para que ela lhe desse mais herdeiros, e fez pouco para honrar sua memória, além de brigar constantemente com seu outro irmão, Aemon. Quando seu filho, Daeron, se tornou adulto, era ele quem tentava controlar as loucuras do pai, que cada vez mais cedia mais e mais para os nobres que o bajulavam e repugnava aqueles que tentavam aconselhá-lo corretamente.
Em seus últimos anos, Aegon se tornou ainda pior. Baseando-se nos feitos de Daeron I, ele tentou lançar uma nova ofensiva contra Dorne, mas foi impedido depois que sua frota foi destruída em uma tempestade. Mesmo as grandes armas lançadoras de fogo que ele criou não foram longe, queimando no meio da Mata do Rei. No fim, o rei morreu vítima de seus abusos, incapaz de se levantar da cama e tendo o corpo lentamente devorado por vermes quando foi achado.
DAEMON BLACKFYRE

Em Westeros, existe um problema enorme em se reconhecer um Bastardo. Dependendo de quem ele seja, ele pode causar problemas ao reivindicar os bens de seu pai. Essa foi a situação enfrentada pelo reino quando, após a morte de Aegon IV, seu bastardo Daemon Blackfyre resolveu lutar para assumir o Trono de Ferro.
Bastardo de Aegon IV com Daena, a Desafiante, Daemon nasceu com o sobrenome Waters, concedido aos bastardos das Terras da Coroa. Criado na Fortaleza Vermelha e treinado em armas, era um guerreiro habilidoso desde os seus primeiros anos, e recebeu de seu pai a maior honraria que poderia esperar: a espada Blackfyre, que pertencera a Aegon, o Conquistador, e de onde ele tirou seu novo sobrenome. E, após o último ato de seu pai, que legitimou todos os seus bastardos, Daemon acreditou que era hora de lutar por algo que nunca teria estado em seu alcance antes: o Trono de Ferro.
Após as concessões dadas por Daeron II aos dorneses, a Rebelião Blackfyre começou, influenciada em partepelo ódio de grandes guerreiros de Westeros que, odiando o povo de Dorne, aliaram-se a Daemon, esse também pressionado pelo meio irmão Aegon Rivers, o Açoamargo. Durante quase um ano, o bastardo liderou batalhas e inúmeros derramamentos de sangue, até ser derrotado na Batalha do Campo de Capim Vermelho. Nesse dia, Daemon e seus filhos foram mortos pelas flechas disparadas por Brynden Rivers, o Olho de Corvo, enquanto suas tropas foram esmagadas pelos reforços de Baelor Quebra-Lanças.
DAERON II, O BOM

Westeros só podia agradecer por Daeron II não ser igual a seu pai. Controlado, piedoso e sensato, ele agiu rápido para começar a consertar tudo que seu pai causara, começando por dispensar todos os membros do Pequeno Conselho que ganharam uma fortuna bajulando Aegon IV. Reforçou também a Patrulha da Cidade e partiu para os maiores desafios de seu reinado: a questão dornesa e o problema dos bastardos reconhecidos de Aegon.
Dificilmente Daeron II poderia ter feito mais para apaziguar Daemon Blackfyre e os outros bastardos. As tentativas de mantê-los calmos com alguns reconhecimentos logo se provaram inúteis quando diversos lordes e guerreiros começaram a sussurrar no ouvido de Daemon seu “direito” de ser rei. Movido por seu amigo, Aegor Waters, o Açoamargo, ele liderou sua Rebelião contra o reino até então pacífico e frutífero do meio-irmão, mas foi derrotado. Já a questão dornesa foi um dos maiores triunfos de Daeron que, casado com Mariah Martell, assegurou a entrada definitiva de Dorne nos Sete Reinos ao permitir que os nobres mantivessem seus títulos de príncipes e o povo mantivesse suas tradições. Daeron, o Bom, conquistou pela diplomacia aquilo que inúmeros reis desde Aegon I haviam fracassado em obter pela espada.
Sábio e bondoso, Daeron sabia mostrar severidade quando necessário, como quando desproveu de terras os lordes que tinham se aliado aos Blackfyre. Ainda assim, governou com imensa justiça, e todos que viam sua linhagem acreditavam na sua continuidade, mas não foi esse o destino dos deuses. A Grande Praga da Primavera varreu muitas vidas, principalmente em Porto Real. Daeron II foi uma de suas vítimas, assim como seus netos, filhos de Baelor Quebra-lanças, e com o próprio Baelor morto também no Torneio de Vaufreixo, o trono passou para Aerys I, um rapaz mais estudioso que guerreiro e obcecado por assuntos místicos.
BAELOR QUEBRA-LANÇAS

Na história da Casa Targaryen, existem tanto loucos quanto bons. No geral, os bons criam grandes expectativas para assumirem o Trono de Ferro, mas geralmente não chegam a viver o suficiente para se sentarem nele. Esse é o caso de Baelor Quebra-Lanças, um dos maiores cavaleiros Targaryen dos últimos reinados da Casa, e uma promessa que muito tristemente não e cumpriu.
Baelor era o filho mais velho de Daeron II, o Bom, e Mariah Martell, e durante alguns anos serviu como Mão do Rei de seu pai. Seu apelido, "Quebra-Lanças", foi dado após o torneio em homenagem ao casamento da Princesa Daenerys, quando ele e Daemon Blackfyre quebraram um número enorme de lanças nas justas antes de Baelor triunfar. Os dois voltariam a se enfrentar na Batalha do Campo de Capim Vermelho, durante a Primeira Rebelião Blackfyre, onde Baelor saiu triunfante.
Sua maior fama para os leitores dos livros, porém, vem de sua participação no Torneio de Ashford, narrado no conto O Cavaleiro Andante. Nesse evento, Baelor se posiciona ao lado de Sir Duncan, o Alto, quando este é acusado de atacar o Príncipe Aerion, que atacava os pobres. No Julgamento dos Sete, Baelor foi um dos cavaleiros a lutar ao lado de Duncan quando ele provou sua inocência ao derrotar Aerion Chamaviva no combate. O Quebra-Lanças, no entanto, foi morto nessa mesma disputa, vítima de um golpe do martelo de seu irmão, Maekar, que nunca se perdoou nem perdoou a Sir Duncan pelo ocorrido.
AERYS II, O REI LOUCO

Provavelmente o rei mais famoso da Dinastia Targaryen depois de Aegon, o Conquistador, Aerys II foi também o último Targaryen a se sentar no Trono de Ferro. Não era incomum que os membros dessa família se voltassem para a insanidade, mas Aerys levou isso ao extremo, e sua paranóia incessante levou a um sangrento conflito que devastou Casas inteiras e levou à quase extinção de sua própria Casa.
No começo de seu reinado, ninguém imaginaria que Aerys se tornaria o que se tornou. O rei não era o melhor de todos, e muitas de suas ideias eram fantásticas demais para serem concretizadas, mas ele parecia um homem sensato, que dava ouvidos a seus conselheiros, em especial seu amigo Tywin Lannister, que logo se tornou a Mão do Rei. Contudo, as vozes em sua cabeça logo viraram o Rei Louco contra sua Mão, contra seu filho Rhaegar e contra todos os seus conselheiros. Imprudentemente, ele organizou uma viagem para Valdocaso, onde se viu refém de uma armadilha da Casa Darklyn. O incidente o levou a se tornar ainda mais paranoico e a destruir as casas Darklyn e Hollard por completo. Logo, Aerys não mais deixava a segurança da Fortaleza Vermelha.
Após os incidentes do torneiro de Harrenhal, Aerys II provocou enorme ruína sobre sua casa ao queimar tanto lorde Rickard Stark quanto seu filho Brandon com fogovivo, uma tática que ele usava com frequência contra traidores. A ocasião impulsionou ainda mais a Rebelião de Robert e, nos momentos finais, quando o exército de Tywin Lannister invadiu e saqueou Porto Real, Aerys ordenou que a cidade inteira queimasse. Seu ato foi impedido pela espada de Jaime Lannister, seu Guarda Real, que o apunhalou pelas costas.

RHAEGAR TARGARYEN

O último príncipe da Dinastia Targaryen era um homem amado pelo povo. Dito como feroz na batalha, aqueles próximos a Rhaegar viam um outro lado: um homem calmo, apaixonante, que preferia a harpa à lança e as cantorias às batalhas. Ainda assim, um guerreiro mais do que formidável, e que quase levou a rebelião de Robert ao seu fim.
Totalmente oposto ao seu pai, o Rei Louco, Rhaegar era inteligente, elegante, polido e equilibrado. Conquistava o coração das mulheres e a lealdade dos soldados. Durante todo o reinado de Aerys II, as pessoas olhavam para ele e viam o rei ideal, antecipando sua ascensão ao Trono (o que serviu para alimentar a paranoia do Rei Louco). Onde Aerys buscava a saída pelo conflito, Rhaegar procurava a conversa, a estratégia. Tudo isso teria feito dele um rei perfeito, não fossem os eventos desencadeados no Torneio de Harrenhal.

Casado formalmente com Elia Martell, Rhaegar, após sair vitorioso das justas, nomeou Lyanna Stark a dama mais bela de todo o torneio. Não se sabe ao certo a quanto tempo ele a desejava, mas foi a maneira como ambos desapareceram no meio da noite que levaram às suspeitas que ele a teria raptado, o que provocou a fúria de Robert Baratheon, futuro noivo de Lyanna, e o irmão dela, Eddard Stark. Juntos, eles começaram uma rebelião que mais umavez colocou fogo nos Sete Reinos. Rhaegar lutou com honra em todas as batalhas e provou seu grande valor como guerreiro, obtendo algumas vitórias importantes, mas no final, seu peito foi esmagado pelo martelo de Baratheon na Batalha do Tridente. Sua morte abriu caminho para a vitória da Rebelião, algum tempo depois, e ao fim da Dinastia Targaryen.

Por quase trezentos anos, Westeros viveu sob o domínio Tragaryen. Diversos membros dessa família tiveram enorme importância para a história do continente, e muitos outros personagens de importância não foram aqui mencionados. Qual o seu favorito?
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