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ZUMBILÂNDIA: O MANUAL DE REGRAS PARA O APOCALIPSE ZUMBI

  • Writer: Luís Henrique Franco
    Luís Henrique Franco
  • Oct 24, 2019
  • 8 min read


Faz dez anos desde que Zumbilândia foi lançado, trazendo um novo caso de apocalipse zumbi para os cinemas. Porém, ao contrário dos filmes do gênero, que geralmente tentavam se firmar como terror ou ação, Zumbilândia trouxe os zumbis para a fórmula da comédia ao criar uma sátira para o tipo de filme que era moda no final dos anos 2000. Nessa aventura, acompanhamos um quarteto de sobreviventes sem noção: Columbus (Jesse Eisenberg), Talahassee (Woody Harrelson), Wichita (Emma Stone) e Little Rock (Abigail Breslin).


Como parte do charme dessa aventura, somos constantemente lembrados de um enorme manual de regras criado por Columbus para que uma pessoa possa sobreviver ao apocalipse. Fanático pelos seus apontamentos, o personagem nunca deixa de seguir à risca todas as regras que ele próprio levantou e constantemente lembra os demais sobre elas. Com o retorno dessa família desajustada para Zumbilândia 2: Atire Duas Vezes, talvez seja hora de nós também revisitarmos algumas dessas regras para nos prepararmos para essa sequência.



REGRA N°1: CONDIÇÃO FÍSICA


A primeira regra do manual de Columbus é simples: mantenha um bom condicionamento físico. A explicação para ela é simples: os zumbis da Zumbilândia não são os mesmos de The Walking Dead. Eles não são um bando de pesos mortos (trocadilho?) que se arrastam de um lado para o outro e nos fazem duvidar da inteligência humana ao ver uma sociedade inteira destruída por esses lerdos. Eles são rápidos, agressivos, eles correm e, estando mortos, não se cansam.


Por causa disso, é importante estar em forma para ser capaz de correr dessas criaturas caso você não tenha uma arma, e mesmo se você a tiver. Mesmo rápidos, zumbis são seres burros e com certeza irão persegui-lo em uma linha reta e não irão tentar armar emboscadas ou cortar caminhos de maneira inteligente. Um corredor inteligente é capaz de superar os mortos e traçar um bom plano de fuga.



É claro que, para isso, é preciso estar em boa forma para aguentar correr por longos períodos de tempo. A criação dessa regra por Columbus foi utilizada no primeiro filme para estabelecer uma piada que não seria muito bem aceita hoje em dia, de que os gordinhos teriam sido, por esse motivo, as primeiras vítimas do apocalipse. Ainda assim, é uma regra válida.



REGRA N°2: ATIRE DUAS VEZES


O nome do novo filme não vem à toa. A regra número dois é uma das mais importantes e uma das mais lembradas durante todo o filme. Sua criação se deu em um momento onde o apocalipse já era definitivo e os zumbis estavam por toda parte. Nessa situação, não dá mais para ter apenas um bom condicionamento físico e conseguir correr de um ou dois perseguidores.


Diante da necessidade, os sobreviventes começaram a se armar para combater os vorazes zumbis. De certa forma, o apocalipse de zumbilândia equilibrou as coisas pois, se por um lado esses zumbis são mais rápidos e verozes, por outro não é necessário atingir a cabeça para matá-los. Ainda assim, é a tomada de decisão mais inteligente a se fazer diante de uma situação de vida ou morte.



Essa regra prega que uma bala a mais vale menos do que perder a vida. Na dúvida se o seu tiro no peito matou ou não o zumbi que te perseguia, dê outro tiro bem no meio da cabeça dele enquanto ele está caindo. Não fique tentando averiguar se ele está ou não "vivo" e dando chances para ele te pegar no ataque surpresa. Acabe com todas as esperanças dele.



REGRA N°3: CUIDADO COM BANHEIROS


Na Zumbilândia, zumbis nunca passam de animais, usando seus instintos para caçar sem um pingo de inteligência. Contudo, alguns deles acabam se acostumando com os hábitos de suas presas com o passar do tempo, e aprendem como pegá-las em seus momentos mais íntimos e vulneráveis.


A regra dos banheiros surge como uma prevenção para o que poderia ser uma situação terrível: um ataque de zumbis no momento em que você está de calças arreadas. Considerando essa ideia de hábitos, banheiros realmente são lugares muito perigosos, visto que todos nós precisamos, vez ou outra, ir a um deles para nos aliviarmos, e basta apenas um zumbi passar pelo mesmo lugar para nos metermos em uma grande confusão.



Essa regra é ainda mais válida para pessoas como Columbus, um cara que sofre de grande ansiedade e tem um distúrbio na bexiga que o faz ter que usar o banheiro com mais frequência que o normal. Para esses casos, é sempre recomendável entrar para satisfazer suas necessidades com uma arma na mão, e ser sempre muito cauteloso, especialmente em banheiros de locais públicos.



REGRA N°4: USE O CINTO DE SEGURANÇA


Essa regra torna-se mais engraçada pelo fato de que já é uma regra do nosso mundo atual, mas que se torna ainda mais importante em uma situação de apocalipse zumbi. Pode até parecer que não, mas pense um pouco: se você tem um carro e todos ao seu redor são zumbis, você não vai exatamente dirigir devagar e em segurança.


Em um mundo onde todos são mortos-vivos e as regras de trânsito não importam tanto mais, o cinto de segurança surge como o melhor amigo de um motorista em fuga que não vai parar em faróis vermelhos, não vai respeitar os pedestres zumbis que estão atravessando, não vai dirigir dentro do limite de velocidade. Imagine um fugitivo desses sofrer um acidente. no mínimo, o cinto impede que ele saia voando através do para-brisa do carro.



Você ainda pode levantar que, com tudo o que estará acontecendo no mundo, a segurança dentro do carro não vai ser a primeira coisa que você vai pensar, mas eu digo novamente: essa é uma regra que já é valiosa nos dias de hoje, sem um apocalipse e onde as pessoas, supostamente, deveriam respeitar as regras de trânsito. Além disso, há muitas indicações de o que acontece quando você se esquece dela.



REGRA N°7: VIAJE LEVE


Essa regra pressupõe que nenhum lugar no planeta seja realmente seguro durante o apocalipse zumbi. O conceito de lar como um local único se torna irrelevante e estúpido quando uma horda de zumbis pode atacar a qualquer momento. Por isso, a maioria das pessoas pode optar por permanecer na estrada, sem destino definido, apenas procurando o próximo lugar seguro para ficar.


Para essas viagens, que podem ou não contar com um veículo, é necessário levar apenas o necessário. Nada de apegos sentimentais que tornarão sua bagagem pesada e o impedirão de se mover com rapidez. E de acordo com Columbus, não se trata apenas da bagagem física, mas também da emocional.



Parece um tanto estranho que, em um apocalipse, a ideia de se tornar um lobo solitário possa ser realmente algo considerável, mas é preciso realmente abrir mão de alguns apegos, ao menos o suficiente para aceitar que seus amados podem não estar vivos. No fim, talvez, essa parte da regra seja posta um pouco de lado, visto que os lobos solitários acabam se juntando.


REGRA N°18: ALONGAMENTO


Uma regra que talvez se conecte um pouco com a Regra número 1. A regra do alongamento é estabelecida justamente pelo propósito de que o sobrevivente deve estar fisicamente preparado para qualquer contratempo ou necessidade. Assim sendo, é vital que ele se alongue antes de praticar qualquer atividade que envolva algum desgaste físico.


O motivo básico dessa regra é que, às vezes, um esforço físico em excesso pode provocar cansaço, lesões, dores musculares. Tudo isso é perfeitamente normal, mas em um apocalipse zumbi, essas consequências normais podem levar as pessoas a serem brutalmente assassinadas pelos cadáveres carnívoros. Assim sendo, um bom alongamento para preparar para a ação pode evitar que a pessoa seja vítima dessas dores e, consequentemente, vire almoço para algum morto vivo.



Apesar de ser uma regra extremamente compreensível, alguns personagens a veem com maus olhos, julgando desnecessário o alongamento antes da ação. Segundo o personagem Talahassee, por exemplo, não é necessário que alguém se dedique tanto ao alongamento para matar um zumbi que se aproxima. Obviamente, ele e Columbus têm ideias diferentes sobre como agir quando diante de um zumbi.



REGRA N°22: QUANDO EM DÚVIDA, SAIBA A SUA SAÍDA


Uma regra de extrema simplicidade e sem muitos segredos: ter sempre um plano de fuga. Além de banheiros, as pessoas precisam sempre fazer paradas ocasionais em outros lugares, como por exemplo mercados onde possam ter abastecimentos, postos de gasolina, suas próprias casas, algum lugar para dormir, etc. E todos esses locais podem ter ou não algum perigo que você não tem a capacidade de prever.


É claro que o complemento básico dessa regra é a regra 17: Não banque o herói, não entre nos lugares sem nenhum cuidado, chamando toda a atenção para si. Mas na necessidade de se entrar em algum desses lugares sem saber que perigos o esperam, tenha sempre em mente uma rota de fuga, saiba exatamente onde estão as saídas para o caso de você precisar dar o fora dali correndo.



REGRA N°31: CHEQUE O BANCO TRASEIRO


Uma das regras mais novas do manual, surgiu depois de um trauma sofrido por Columbus em um posto de gasolina, onde um zumbi se escondeu na parte traseira de sua caminhonete e quase o pegou quando ele sentou no banco da direção. Um ataque desses certamente faz qualquer um ficar um pouco mais esperto.


Uma medida cautelar, que tem como base a ideia de que você nem sempre vê um zumbi se aproximando, e não sabe onde as pessoas que vão virar zumbis morreram. Algumas delas podem ter morrido no banco traseiro de seus veículos e lá permaneceram, sem nenhum estímulo real para levantarem. Daí você chega, vê um carro dando sopa, entra e liga o motor... e de repente tem um zumbi assassino saltando no seu pescoço, tudo porque você não se deu ao simples trabalho de olhar para trás ao entrar.



Essa é também uma regra importante para se descobrir segredos que as pessoas guardaram em seus carros ao tentarem fugir. Quer dizer, não dá para saber o tipo de bagagem que elas planejavam levar antes de o apocalipse as atingi-las. Você pode ganhar um presentinho maravilhoso por essa cautela.



REGRA N°17: (NÃO) BANQUE O HERÓI



De acordo com o próprio Columbus, uma das regras mais importantes de todas. Originalmente escrita como "Não banque o herói", essa regra impede que potenciais idiotas, na tentativa de se mostrar para alguma sobrevivente, acabem pagando um preço alto pela sua voluntariedade.


Basicamente, diante de uma possibilidade para fazer algo extraordinário e arriscado, não o faça. É melhor que você seja dito como uma frangote, mas vivo, do que morrer e ser lembrado como um herói. A sua sobrevivência pode depender de você ser cauteloso o suficiente para não ser o primeiro a entrar em lugares para averiguar se estão vazios, não tentar enfrentar grandes hordas de zumbis sozinhos e não tentar salvar outras pessoas de situações que podem te colocar em mais risco do que elas próprias.


Contudo, essa regra foi um caso raro que sofreu mudança ao longo da história, visto que, diante de uma situação onde Wichita e Little Rock encontram-se em extremo perigo, e Columbus se defronta com um zumbi palhaço monstruoso à sua frente, ele decide por ignorar essa regra e fazer algo arriscado e extraordinário. Afinal, algumas regras foram feitas para ser quebradas, especialmente quando alguém que você ama está em apuros.




REGRA N°32: APRECIE AS PEQUENAS COISAS


Quem diria que um idiota como Talahassee, que durante o apocalipse se tornou nada mais que um louco matador de zumbis, completamente ligado à área de extermínio, conseguiria dar a Columbus uma das maiores lições do filme, que se converteria na regra número 32: Aprecie as pequenas coisas.


E isso realmente se aplica a tudo na Zumbilândia: Ter uma arma ou um carro novo, receber o prêmio Morte de Zumbi da Semana, destruir uma pequena loja, passar algum tempo com o astro Bill Murray ou simplesmente saborear o último bolinho Twinkie da face da Terra. São esses pequenos prazeres que fazem a sobrevivência ser mais do que só sobreviver. São eles que dão sentido à continuidade dos sobreviventes.


Isso também vale para o que os quatro personagens acabam encontrando um no outro ao final do filme. Os laços criados entre eles não são os mais firmes de todos, e pode-se dizer que tal família é completamente disfuncional e, em alguns casos, absurda, cheia de defeitos e com cada membro querendo atirar ou esmurrar o outro de tempos em tempos, mas ainda assim é uma família, e merece ser aproveitada ao máximo pelo tempo que durar.



Todas essas regras mantiveram o grupo vivo durante os dez anos que separa o primeiro filme de Zumbilândia: Atire Duas Vezes, continuação que estreia essa semana nos cinemas. Contudo, a descoberta de novos sobreviventes e de um novo tipo de zumbi, mais resistente e mais adaptado à caçada, pode fazer com que muitas delas tenham que ser esquecidas e readaptadas à nova situação. Coitado de Columbus que terá que repensá-las completamente.


Qual é a regra mais importante ou memorável pra você? Deixe nos comentários!



 

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